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26 junho 2024

Änglagård - Discografia.

Poucos grupos ligados à vertente sinfônica do progressivo pós - década de 70, e mesmo alguns dessa época áurea, possuem tanto respeito e admiração dentro do público progressivo quanto o sexteto sueco Änglagård. O grupo teve uma carreira meteórica, com menos de cinco anos de existência e apenas dois discos de estúdio, mas suficiente para revelar uma nova geração de bandas e músicos progressivos suecos nos anos 90, injetando ânimo para o público progressivo, carente de bandas que revivessem a grandiosidade de grupos como Yes, Genesis e King Crimson.
 


O grupo foi formado em Estocolmo em 1991, quando os músicos Tord Lindman e Johan Högberg, entusiastas do rock progressivo, procuraram músicos que seguiam suas influências e que tinham interesse em, literalmente, reviver essa sonoridade. Com a adesão de Thomas Johnson, Jonas Engdegård, o jovem e promissor baterista Mattias Olsson e, por último, a flautista Anna Holmgren, o grupo estava formado, caindo em extensivos ensaios e apresentações em 1992. Ainda nesse ano, o grupo conseguiu encontrar uma gravadora, com o sugestivo nome de Mellotronen, para produzir e gravar seu material. No fim desse ano, "Hybris", o primeiro disco da banda e um dos melhores discos de progressivo dos últimos tempos, foi lançado. 

O disco impressiona pela semelhança da sonoridade do grupo com o que de melhor era feito no progressivo sinfônico há 20 anos. As principais influências do grupo eram de grupos suecos como o Kaipa e Trettioåriga Kriget, evidentes na faixa "Ifrån klarhet till klarhet", misturando art rock, elementos musicais nórdicos e medalhões do progressivo sinfônico, em especial Genesis (fase Peter Gabriel) e King Crimson (fase "Larks tongues in aspic", isto é, 1972-74). A mudança de elementos sonoros, de sons pesados caindo para momentos de quase silêncio e de belas passagens de teclado e piano bem parecidos com Tony Banks, é característica nessas faixas. Todo esse "revival" era feito de forma surpreendentemente original, fugindo do plágio ou cópia, com destaque também para a qualidade técnica de seus músicos: seja o som de baixo à Chris Squire de Högberg, os belos efeitos de teclados e melotron de Johnson, a virtuosa bateria de Olson (na época com apenas 18 anos) e a bela e discreta flauta de Holmgren. 

A receptividade do disco foi muito boa, porém não muito grande. Mas em 1993 ocorreu a oportunidade de consagração do grupo com o público progressivo, com sua apresentação no festival Progfest, nos Estados Unidos, chance muito bem aproveitada em uma apresentação antológica, com direito a um bis regado ao clássico do Genesis "The musical box". O grupo acabou sendo aclamado a grande revelação do estilo. Todavia, o grupo também ganhou críticos, especialmente aqueles ligados ao neoprogressivo, que viam na proposta do grupo em reviver literalmente a sonoridade de bandas como Genesis e King Crimson, usando melotrons e instrumentos dos anos 70, como um retrocesso para o estilo. Realmente, em alguns momentos, a proposta soa um tanto retrô demais, o que, porém é relevado pela iniciativa do grupo em reutilizar ideias há muito esquecidas dentro da proposta sinfônica do progressivo. 

Em janeiro de 1994, o grupo entrou novamente em estúdio e, após longas e tensas sessões, lançou seu segundo trabalho, "Epilog". O disco mostrava novamente o grupo procurando recriar o melhor do progressivo em sua música, porém tentando incorporar outras sonoridades, com experimentalismos, efeitos sonoros e até a inclusão de elementos mais jazzísticos, mas que não modificava sua sonoridade e – o mais importante - não atrapalhava o excelente resultado final. Totalmente instrumental, o destaque era a longa faixa "Höstsedj", um misto de experimentalismo e King Crimson, e as faixas "Skogsranden" e "Sista somrar", que mostram um grupo coeso e com grande personalidade. 

Infelizmente, tudo o que é bom dura pouco. Após um longo período de desentendimentos, alguns membros do grupo preferiram seguir outros caminhos fora do Änglagård, e o grupo encerrou suas atividades ainda em 1994, no ápice do sucesso. E o público progressivo, que mal havia acabado de encontrar seu mais novo ícone, teve de aceitar seu repentino fim. Porém, a insistência dos fãs para um retorno e a vontade dos músicos em tocar juntos novamente fizeram com que a banda retornasse brevemente entre 2002 e 2004, ainda que restrita a algumas apresentações ao vivo e parcas faixas inéditas ainda não gravadas. Em 2009, o grupo, depois de um longo hiato, retornou a ativa, trabalhando novas composições, e após um longo período de ensaios e gravações, foi lançando o terceiro disco de estúdio, "Viljans Öga", em julho de 2012, surpreendentemente mantendo o alto nível obtido nos dois discos anteriores. Graças ao sucesso obtido pelo grupo, o cenário sueco receberia a aprovação do público e da crítica para promover sua música, revelando grupos como Anekdoten, Pär Lindh Project, Landberk, Paatos e Liquid Scarlet, fazendo com que a cena nórdica fosse a mais profícua dentro dessa vertente progressiva na década de 90. 

Änglagård, um dos pouquíssimos grupos que souberam reviver a essência do grande rock progressivo e um dos poucos grupos pós-anos 70 realmente obrigatórios para se conhecer o estilo. Texto: Roberto Lopes (Whiplash) 

Integrantes.

Johan Brand (Baixo, 1991-1994, 2002-2003, 2008-)
Tord Lindman (Guitarra e Vocais, 1991-1994, 2012-)  
Anna Holmgren (Flauta, 1992-1994, 2002-2003, 2008-)
Jonas Engdegård (Guitarra, 1991-1994, 2002-2003, 2008-2012, 2014-)
Erik Hammarström (Bateria e Percussão, 2012-) 
Linus Kase (Teclados, 2012-)
Thomas Johnson (Teclados, Mellotron, Hammond e Moogs, 1991-1994, 2002-2003, 2009-2012) 
Mattias Olsson (Bateria e Percussão, 1991-1994, 2002-2003, 2009-2012)  
David Lundberg (Teclados ao vivo, 2012)



Bitrate: 192Kbps.
 
Álbuns.

Hybris (1992)
01. Jördrok
02. Vandringar i Vilsenhet
03. Ifrån Klarhet Till Klarhet
04. Kung Bore
05. Ganglat fran Knapptibble (Bonus Track)


Epilog (1994)
 CD 1: Álbum.

01. Prolog
02. Höstsejd
03. Rösten
04. Skogsranden
05. Sista Somrar
06. Saknadens Fullhet
 

CD 2: Bonus.

01. Rosten 


Buried Alive (1996)
01. Prolog
02. Jordrök
03. Höstsejd
04. Ifrån Klarhet Till Klarhet
05. Vandringar i Vilsenhet
06. Sista somrar
07. Kung Bore


Opção 1. Opção 2.

Viljans Öga (2012)
01. Ur Vilande
02. Sorgmantel
03. Snårdom
04. Längtans Klocka

Opção 1. Opção 2.

Prog Pa Svenksa: Live In Japan (2014)
CD 1.

01. Introvertus Fugu (Den Asociala Blåsfisken, Part 1)
02. Höstsejd
03. Längtans Klocka
04. Jordrök
 

CD 2.

01. Sorgmantel
02. Kung Bore
03. Sista Somrar (Bonus Track)

Opção 1. Opção 2.

 
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