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10/01/2024

Prof. Wolfff (1972)

Prof. Wolfff, banda bastante underground, com seu som pesado e criativo calcado no órgão, e em ambientes densos de teclado. O rock alemão genericamente é obscuro, e com o Prof. Wolfff não é diferente, sente-se o clima de tensão da Alemanha setentista, mas ao contrário de seus compatriotas, que muitas vezes caem numa abordagem política, o Prof. Wolfff criticava também o comportamento da época, e algumas de suas letras permanecem atuais.
 

O grupo foi formado em 1971, na região sul da Alemanha, por Klaus-Peter Schweitzer (guitarra, piano e vocais), responsável pela maior parte das letras, essas escritas em alemão, uma das primeiras bandas a o fazer. Rolf-Michael Schickle (órgão), Mondo Zech (baixo), Michael Sametinger (bateria e percussão) e Friz Herrmann (guitarra, vocais e harmônica) completavam o line-up. 

Prof. Wolfff lançou apenas um disco, homônimo, datado de 72. Após alguns shows e aparições públicas, o grupo adquiriu a fama de “banda política”, por sua abordagem crítica da situação de seu país, além de alfinetadas em feridas mais profundas, que a Alemanha gostaria de esquecer.

No entanto a temática das pesadas letras, acaba por ir além, (mesmo com meu enferrujado e preguiçoso alemão, isso é perceptível) criticando como já disse, o comportamento, não só o contexto. 

Além das letras, a sonoridade é um atrativo a mais, tornando-se audição, ao menos semanal, de meu ser. Prof. Wolfff é uma banda de hard prog, calcada num setor rítmico bluesado, e por um fraseado de guitarras cruas e puras, em certos aspectos, bastante toscas. O destaque vai mesmo para o órgão, que faz um trabalho diferenciado ora partindo para riffs harmoniosos e melodiosos, ora para marcações precisas com o peso necessário, dividindo-se entre o progressivo e uma roupagem quase clássica. 

As duas faixas mais longas do álbum adentram esse clima mais profundo e denso, que em minha opinião retratam o ponto forte do grupo. Os riffs de órgão são bem construídos, e as guitarras também não erram seu papel. 

As três faixas restantes abordam uma temática mais folk, próxima da psicodelia dos anos anteriores, com belos momentos acústicos e o aproveitamento de piano e até flauta, essa não é das mais geniais do gênero, mas cumpre bem seu papel. 

Todas as faixas possuem momentos interessantes e outros menos criativos, mas sem dúvida é um bom álbum, pesado e agressivo, ideal para amantes de viagens ácidas, e para aqueles fãs de música consciente e de protesto, o grupo acaba por executar com qualidade o pensamento crítico cru e direto. 

A banda separou-se pouco depois do lançamento do disco, em partes devido a obrigatoriedade do baixista em servir o serviço militar.

Alguns membros do grupo tentaram reavivar o Prof. Wolfff com dois projetos, Prof. Wolfff Ensemble e Prof. Wolfff III, com uma pegada mais próxima do jazz-fusion e do jazz-rock em formação. Tais projetos não produziram gravações. 

Integrantes.
 
Klaus-Peter Schweitzer (Guitarra, Piano, Vocais)
'Romi' Schickle (Órgão)
'Mondo' Zech (Baixo)
Michael Sametinger (Bateria)
Friedrich Herrmann (Guitarra, Vocais, Harmônica)
 
01. Hetzjagd (9:59)
02. Hans Im Glück (7:46)
03. Missverständnis (4.05)
04. Das Zimmer (4:52)
05. Weh Uns (9:48)
06. Hetzjagd (Radio Mix) (3:17)


(320Kbps)

Link.
 
 
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