Av’nir é
um grupo raramente incluído no ranking do movimento de rock
progressivo de Québec, Canadá, mas por uma razão bem justa: somente
alguns ouvidos especiais podem reconhecer a tendência progressiva do
grupo na primeira vez que os ouvem. Os dois únicos álbuns do grupo foram
produzidos pelo músico que tornou-se posteriormente um gênio dos
estúdios, Gilles Valiquette. O primeiro álbum, com o mesmo nome do
grupo, lançado em 1975, é recheado de músicas aparentemente afinadas
para serem tocadas nas rádios, ou seja, comerciais. Alguém pode
imaginar uma leve influência do Blue Oyster Cult, escondida atrás de um
som não muito diferente do April Wine. Sintetizadores estão presentes
na linda “Les Nuages électriques”, combinados com um pouco de
progressões de acordes experimentais para aproximarem-se do rock
progressivo. “Un Jour” é a música que mais se aproxima do rock
progressivo, com suas mudanças de curso incessantes e repentinas. O
restante do álbum dá impressão de um grupo que ainda está à procura de
sua identidade. Mesmo assim, é agradável de se ouvir.
O grupo aproxima-se mais convincentemente do movimento rock progressivo em seu segundo álbum, “Déclic”, de 1976. Os sintetizadores estão de volta como uma desforra e são destaques em duas músicas instrumentais (“Quand tu sors...” e “Vengeance”, sendo essa última o pico progressivo do grupo). Enquanto a presença de Valiquette é menos sentida e as músicas já não são tão comerciais, o grupo quase demonstra a sua identidade desejada. Infelizmente o esforço deles se perde com a esquizofrênica última música do álbum “La Terre tourne toujours”, sete minutos e meio que começa como um boogie-rock antes da tentativa de se passar por vários estilos do rock progressivo, culminando em uma versão burlesca de “Ce Jour-lá” (realizada na sua totalidade como uma peça pseudo-country descartável ). Esses minutos finais do álbum parecem confirmar que a banda não tinha ideia de qual seria o próximo passo. O sucesso iludiu o grupo, caso contrário, seriam parabenizados hoje pelo seu ecletismo. Texto: Prog Quebec, tradução por: Francisco Pimentel.
Integrantes.
Jacques Rochon (Guitarra, Vocal)
Yves Lauzon (Guitarra)
Richar Boisvert (Baixo, Teclados)
Daniel L’Écuyer (Bateria)
Yves Lauzon (Guitarra)
Richar Boisvert (Baixo, Teclados)
Daniel L’Écuyer (Bateria)
02. Les Nouveaux Invités (3:43)
03. S'arranger Pour Que Ça Arrive (2:27)
04. Les Nuages Électriques (4:17)
05. Le Malentendu (7:05)
06. Un Air Inconnu (3:18)
07. Les Commissaires (2:49)
08. Rien N'a Changé (3:01)
09. Un Jour (4:29)
10. Solitaire (4:50)
03. S'arranger Pour Que Ça Arrive (2:27)
04. Les Nuages Électriques (4:17)
05. Le Malentendu (7:05)
06. Un Air Inconnu (3:18)
07. Les Commissaires (2:49)
08. Rien N'a Changé (3:01)
09. Un Jour (4:29)
10. Solitaire (4:50)
02. Vengeance (7:46)
03. Deja Trop Loin (Sorry Slightly Warped) (3:10)
04. Ce Jour-La (Slightly Warped) (2:06)
05. Renaissance (3:50)
06. Mirage + Quand Tu Sors... (7:07)
08. La Terre Tourne Toujours + Ce Jour-Là (Conclusion) (7:00)
03. Deja Trop Loin (Sorry Slightly Warped) (3:10)
04. Ce Jour-La (Slightly Warped) (2:06)
05. Renaissance (3:50)
06. Mirage + Quand Tu Sors... (7:07)
08. La Terre Tourne Toujours + Ce Jour-Là (Conclusion) (7:00)