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12/08/2023

Zakarrias (1971)

Não deixe se enganar pelo nome: Zakarrias não é um cantor, e sim um grupo que lançou seu único disco de difícil classificação, um belíssimo álbum enigmático que passeia entre o folk, o rock com pitadas psicodélicas, a soul music e até mesmo o hard rock. Lançado em 1971 pelo selo Deram (que lançou alguns dos primeiros trabalhos de David Bowie), “Zakarrias” foi o único trabalho da banda homônima, que sumiu do mapa logo depois.
 


Denso, lento e profundo, o álbum traz nove canções de tirar o fôlego – seja pela melodia atraente, pelos bons arranjos ou pela voz suave de seu cantor, o austríaco Bobby Haumer, que assumia as funções de vocalista, guitarrista e baixista do grupo, contando ainda com um competente grupo de apoio formado por Martin Harrison na bateria, Peter Robinson nos teclados, Geoff Leigh no sax e flauta e Don Gould nos arranjos de cordas e piano. 

“Zakarrias” abre com a psicodélica “Country Out of Reach”, uma faixa pesada para a época que mostra uma boa melodia de baixo acompanhado de um bom trabalho vocal de Haumer. A faixa – ainda que mais leve – chega a lembrar os momentos iniciais do Black Sabbath. “Who Gave You Love”, na sequência, é um sonzaço de primeira linha. Peso com muita qualidade, boas passagens acústicas que nos remetem a Crosby, Stills, Nash e Young. 

Já “Never Reachin’” é uma belíssima passagem do disco, onde vocal, flautas e violões criam um momento sublime. Passagens do “Led Zeppelin III” também marcam presença, principalmente em faixas acústicas como a longa e ótima “The Unknown Years”. O lado B do disco mantém o nível elevado. “Sunny Side” traz um poderoso órgão Hammond e um baixo contundente que atacam a canção em meio a uma intrigante melodia. 

“Spring of Fate” é uma emocionante balada com direito a violinos, momento em que o Zakarrias mostra o seu lado mais emotivo e melódico. Let Us Change nos remete a Bowie, Led Zeppelin em sua fase mais acústica e até Van Der Graaf em momentos solo. Novamente um intrigante e rico trabalho instrumental. “Cosmic Bride” encerra o disco com um poderoso trabalho instrumental que ainda hoje soa atual e interessante – e que deve agradar fãs de grupos sofisticados como Love e Moby Grape além de cantores como Van Morrison e David Bowie. 

Lançado o disco, os integrantes da banda não conseguiram renovar seus vistos no Reino Unidos, e tiveram que deixar Londres e a carreira, voltando para a Áustria encerrando de forma precoce suas atividades musicais. Incrível constatar com um músico que lança um álbum tão rico em melodias e detalhes, diversificado e interessante fica pelo caminho sem que tenhamos qualquer outro registro fonográfico. 

Depois de tantos anos de ostracismo, o álbum teve um importante relançamento pelo ótimo selo Tapestry Records, novamente em pouquíssimas cópias, um clássico mais do que recomendado. 


Integrantes.

Bobby Haumer (Vocais, Guitarra, Contrabaixo, Kazoo)
Geoff Leigh (Flauta, Saxofone)
Pete Robinson (Teclados)
Don Gould (Piano em 6, Arranjos de Cordas)
Martin Harrison (Bateria)
Samy Birnbach (Letras)
 
 
  01. Country Out Of Reach (4:05)
02. Who Gave You Love (4:06)
03. Never reachin' (5:01)
04. The Unknown Years (7:00)
05. Sunny Side (3:44)
06. Spring Of fate (3:18)
07. Let Us Change (3:52)
08. Don't Cry (4:08)
09. Cosmic Bride (6:08)


 
 
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